EU TÔ FALANDO DE AMOR…

“Mantenha-se atrás da faixa amarela, não chegue muito perto, não acerque-se de meus traumas, não invada meus mistérios, não atrite-se com o meu passado, não tente entender nada: é proibido tocar no sagrado de cada um”

Martha Medeiros

Buscava entender melhor o que sentia e tentou dar uma chance ao acaso. Já havia se decepcionado algumas vezes. Deixara tudo passar em brancas nuvens. Se fez de desentendida, de desapegada, de desencanada. Fingia não importar-se, mas lá no fundo ficava magoada. Queria atenção. Queria cuidado, carinho, paixão. Precisava saber-se importante para ele. Sabia que não sentia e nem correspondia amor, mas buscava respeito e compreensão. Alguém para dividir as risadas, os planos e a estrada. Tentava encontrar indícios de que aquilo daria certo. Mas se via às voltas com contrastes e em meio a jogos de claro e escuro. Sabia dizer exatamente o que queria, e viu que a adaptação à sua maneira seria uma mudança para a outra parte e nessas horas não tem o certo, nem o errado. Existe sim, a inexistência da adaptação. Ninguém se dispôs a mudar, mas relacionamento é ceder. É perceber que cada um cede um pouquinho para que as duas partes fiquem unidas e que as duas metades se completem. Se ninguém cede, então é chegada a hora de seguir em frente.

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